Dizer que Jesus é apenas o grande professor da moral e o mestre da superação humana, o igualaria a tantos outros que se levantaram antes e depois dele. Tal qual Krsna, que na interpretação de Gandhi, insistiu com Arjuna no atravessamento de seus medos e no desenvolvimento do seu potencial. Falar dele como "o milagreiro" é iguala-lo aos médicos-curandeiros que teêm nos seus quintais filas que atravessam quarteirões que se constituem de oferendas pelas benevolência ou de barganhas pelo não-alcançado. Por isso, me detenho no seguinte: ou Jesus foi um judeu megalomaníaco com síndrome messiânica e complexo divino, ou ele é o único Senhor ressurreto que nos dá razão a fé.
Amar não pode ser sentimento relacionado com aproveitamento alheio, porque amar sem a disposição de ida e vinda não pode carregar o peso de tal descrição, pois isso seria egoísmo e este outro sentimento não é sinônimo daquele. Embora os seres se defendam em suas entregas, para que se caírem não se arrebentem por uma decepção não percebida anteriormente, não se pode enclausurar, pois seria o mesmo que se fechar a ponto de lançar fora chaves de uma prisão que se antevê. Então grite de dentro desta que se agiganta na possibilidade de reconhecer a verdade em uma entrega que descomedidademente se faz necessária para não se incorrer no suicídio da alma. Porque amar pode ser providência da insanidade que não se corrompe com o desmerecimento do outro nem o desvaloriza, mas apenas denota fatores ininteligíveis, embora extremamente convidativos e irrecusáveis. Perempto não pode ser, pois aquilo que se foi não retorna. Momentos são instantes, e por isso mesmo não se pode perdê-lo, mas...
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