Amar não pode ser sentimento relacionado com aproveitamento alheio, porque amar sem a disposição de ida e vinda não pode carregar o peso de tal descrição, pois isso seria egoísmo e este outro sentimento não é sinônimo daquele. Embora os seres se defendam em suas entregas, para que se caírem não se arrebentem por uma decepção não percebida anteriormente, não se pode enclausurar, pois seria o mesmo que se fechar a ponto de lançar fora chaves de uma prisão que se antevê. Então grite de dentro desta que se agiganta na possibilidade de reconhecer a verdade em uma entrega que descomedidademente se faz necessária para não se incorrer no suicídio da alma. Porque amar pode ser providência da insanidade que não se corrompe com o desmerecimento do outro nem o desvaloriza, mas apenas denota fatores ininteligíveis, embora extremamente convidativos e irrecusáveis. Perempto não pode ser, pois aquilo que se foi não retorna. Momentos são instantes, e por isso mesmo não se pode perdê-lo, mas...
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CRISTO VENCEU!
Os dias que seguiram do julgamento a morte de Jesus foi espetáculo de alegria para alguns e profunda dor para outros. Uns clamavam com alta voz: Crucifica-o, estes eram guiados pelos religiosos extasiados pela interrupção da missão de mais um louco que se levantara no meio do povo e arvorado sobre si a bandeira messiânica. Ele se diz Filho de Deus! E, aqueles mais persistentes, desejosos de um furo jornalístico, ouviram no dizer que era o próprio Deus. Blasfêmia maior não existe! Esbravejavam. Entretanto, não provinha desses os maiores focos de festas, não estavam os holofotes postos sobre as meras marionetes de um ser capaz de maquinar o mal com a inteireza de algo que lhe é imanente, isto é, o próprio diabo. Venci! Era brado recorrente no inferno. Não ressoava outra voz que não fosse a dele. Ninguém poderia falar, pois aquele grito entalado na garganta era proveniente de milhares de anos. A cada luta que emplacava com os seres humanos se sentia engrandecido, mas ainda não era o bas...
Oração é diálogo
Oração é diálogo, pois não se dirige as paredes ou tetos as dores da alma e também não se fala consigo mesmo se investindo da responsabilidade de resolver seus impossíveis. Não se ora por que Deus se enfraquece ao ser esquecido pela humanidade, mas sim porque a humanidade se fragiliza ao se distanciar de sua presença. Não se ora porque Deus se torna menor por não ouvir elogios acerca de sua grandeza, mas porque visualizo minha pequenez diante de muitas circunstâncias. Oro dialogando por saber que existe um Deus que se inclina diante das minhas fragilidades e na autenticidade de quem um dia se identificou com as roupas de um rei nu me prostro diante daquele em que nada está encoberto. Dialogo com o choro de quem bate no peito a culpa do cobrador de impostos, faço companhia a mulher adúltera e relato as minhas acusações circundado por quem me quer apedrejar, dialogo com um grito na existência clamando p...
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